Ethereum no Brasil

O programador russo Vitalik Buterin descreveu o funcionamento da Ethereum em um white paper no final de 2013. Em janeiro de 2014, anunciou o projeto e em pouco tempo começou o seu desenvolvimento junto a outras quatro pessoas, com quem criou uma fundação localizada na Suíça. O seu principal objetivo era construir um sistema que permitisse criar smart contracts (contratos inteligentes), pequenas funcionalidades automatizadas que mediante uma ordem de entrada devolvessem uma ordem de saída, e uma vez que estão programadas na blockchain são imutáveis (ou seja, não podem ser modificadas).

Ethereum é uma rede blockchain de código aberto através da qual as empresas podem construir produtos. Considerada como a segunda maior criptomoeda depois do bitcoin, ela é também uma rede onde se realizam transações com ETH (ethereum), USDT (tether) e outras criptomoedas.

Ethereum permite a criação de outras criptomoedas, de tal forma que projetos como DAI, USDC ou TrueUSD funcionam sobre a tecnologia da rede. Também existem jogos como Gods Unchained ou Decentraland. Além disso, abriga soluções financeiras descentralizadas, como DeFi (finanças descentralizadas), e peças de arte mais conhecidas como NFT (tokens não fungíveis).

É muito comum confundir Ethereum e ETH. Ethereum é a cadeia de blocos (blockchain) e ETH (ether) é o ativo principal da Ethereum. O ativo que pode ser comprado é o ETH.

As diferenças com bitcoin são muito evidentes. O BTC é a primeira criptomoeda, enquanto Ethereum tem uma enorme capacidade de sustentar contratos inteligentes. Por outro lado, Bitcoin e Ethereum diferem na quantidade de tokens disponíveis. Enquanto o BTC tem um limite de emissão estabelecido nos 21 milhões de unidades, o ETH não tem nenhum limite pré-estabelecido, além de ter uma taxa de emissão decrescente.